Rede de serviços para pessoas trans e travestis no RS é ampliada 

Rede de serviços para pessoas trans e travestis no RS é ampliada 

O panorama da atenção à saúde da população transexual no Rio Grande do Sul e o impacto do Programa Assistir, criado em 2021, na ampliação da rede de ambulatórios de especialidades nesta área, foi apresentado no Encontro Estadual entre Serviços de Referência à Saúde de Pessoas Trans e Travestis do RS, nesta quinta-feira (11/04), na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).  

O Programa Assistir instituiu uma linha de financiamento do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (SES), para serviços ambulatoriais e possibilitou a reorganização dos incentivos, ampliando a oferta e o acesso ao cuidado. Já foram habilitados pelo programa, os ambulatórios de especialidades da Casa de Saúde de Santa Maria, do Hospital Universitário de Canoas e da Beneficência Portuguesa de Pelotas. Quando habilitadas, cada entidade recebe um repasse mensal de R$ 70 mil (ou R$ 840 mil por ano).  

O encontro fez parte da programação do seminário Transcendendo a Saúde: Redes de Atenção e Políticas Públicas para as Pessoas Trans, promovido pela SES, Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre e UFCSPA. A atividade reuniu representantes das coordenadorias regionais e de serviços que atuam na área.  

O evento também contou com a participação de Flávia Teixeira, diretora do Programa de Atenção Especializada à Saúde da População Trans (Paes/Pop/Trans), do Ministério da Saúde. Na oportunidade, Flávia informou que o Ministério da Saúde disponibilizou um orçamento de R$ 68 milhões para o programa desenvolver ações de cuidado e implementação de serviços pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil. Os recursos serão distribuídos conforme a demanda e o grau de organização e estrutura da rede de cada estado da federação.  

O Rio Grande do Sul, é considerado pela diretora, o estado mais organizado e pioneiro na implementação do processo transexualizador junto à população LGBTQIA+. “O protagonismo do RS iniciou antes dos anos 2000 e foi se construindo com a criação de ambulatórios especializados”, avaliou.

Características dos Ambulatórios de Especialidades no Processo Transexualizador – Programa Assistir/RS:  

– Serviço ambulatorial, em unidade hospitalar, responsável pelo atendimento especializado clínico e psicossocial. 

– Equipe formada por endocrinologista, psiquiatra, clínico geral, assistente social, psicólogo, enfermeiro, acompanhamento clínico e psicossocial, hormonização (compra e dispensação) e exames laboratoriais. 

– Acesso ao serviço por meio da Unidade Básica de Saúde da Atenção Primária. 

Confira, na íntegra, a apresentação do Panorama da Atenção Especializada à Saúde das Pessoas Trans no RS

Fonte/Fotos: SES RS

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