Furg projeta que sul do RS deve ser afetado por inundações nos próximos dias 

Furg projeta que sul do RS deve ser afetado por inundações nos próximos dias 

Previsão da universidade é de que água atinja cidades como São Lourenço do Sul e Rio Grande ao longo da semana 

O Comitê de Avaliação e Prognóstico de Eventos Extremos da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) divulgou um boletim projetando prováveis impactos no sul do Estado quando a vazão de água do Guaíba chegar à região. O período estimado para as inundações é de sete dias para Rio Grande e três dias até São Lourenço do Sul. 

O documento, divulgado neste sábado (04/05), categoriza o evento extremo como “de complexa análise”. Um dos motivos é o ineditismo do fenômeno, uma vez que não existem parâmetros ambientais conhecidos para serem utilizados como referência. 

A maior preocupação dos especialistas é o volume de água que pode entrar na região, originado de toda a bacia do sistema de lagoas Patos-Mirim. A água que vai da lagoa para o Oceano Atlântico passa entre os Molhes da Barra de Rio Grande, pelo Canal de Acesso do Porto, e depende da direção do vento. 

Mesmo sem a confirmação da direção do vento na região nos próximos dias, o documento afirma que a probabilidade do nível da água na orla das cidades de Rio Grande e São José do Norte atingir os limites de setembro de 2023 é muito alta. E ressalta, ainda, que os números no sul do Estado podem ser ainda maiores caso a condição de ventos do quadrante sul se intensifique. 

Um projeto entre a Furg e a prefeitura de Rio Grande permitiu, nos últimos anos, a construção de um modelo de terreno de alta precisão, o que possibilita prever as áreas que serão inundadas de acordo com o nível atual da água no estuário. O nível que serve de referência para esse modelo está materializado num instrumento instalado no Centro de Convívio dos Meninos do Mar (CCMAR). 

Imagem divulgada pela Furg simula como devem ser as inundações em Rio Grande.
Imagem divulgada pela Furg simula como devem ser as inundações em Rio Grande.

Foto: Defesa Civil de Rio Grande / Divulgação 

Fonte: Frederico Feijó / GZH 

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