PALMARES DO SUL: GAECO/MPRS FAZ OPERAÇÃO CONTRA SUSPEITOS DE DESVIAR DOAÇÕES ÀS VÍTIMAS DAS ENCHENTES PARA CAMPANHA ELEITORAL
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) – Núcleo Litoral realiza nesta terça-feira, dia 4 de junho, em Palmares do Sul, mais uma operação contra desvio de doações às vítimas das enchentes no Estado.
Novamente, envolvendo materiais que foram usados por três suspeitos, sendo um deles pré-candidato nas próximas eleições, para fazer campanha eleitoral. Na operação, que contou com o apoio da Polícia Civil, foram apreendidos donativos doados por entidades de vários Estados.
Os crimes praticados por um vereador, sua companheira e um secretário municipal são apropriação indébita, peculato e associação criminosa. Assim como em outras investigações do MPRS em Barra do Ribeiro, Cachoeirinha e Eldorado do Sul no mês de maio, desta vez, o município do Litoral Norte foi alvo de denúncias que já estão sendo apuradas e comprovadas.
A operação deflagrada visa obter mais provas, com a apreensão de documentos e mídias eletrônicas, por meio do cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão em residências na cidade e também em Mostardas, na mesma região.
As denúncias, repassadas inicialmente à Promotoria de Justiça de Palmares do Sul, apontam que os investigados se aproveitaram dos cargos que ocupam para desviar donativos para as residências e oferecer em troca de voto para pelo menos um dos três suspeitos nas eleições deste ano.
O promotor de Justiça Mauro Rockenbach, responsável pela operação desta terça-feira, ressalta: “não descartamos e estamos apurando a participação de mais envolvidos nesse desvio. Isso porque são vários os relatos da população que mencionam diversos vereadores se aproveitando dessa tragédia para benefício próprio e eleitoral”.
A operação também foi conduzida pelo coordenador do GAECO no Rio Grande do Sul, promotor de Justiça André Dal Molin, pelos promotores de Justiça Leonardo Rossi, de Palmares do Sul, e Alcindo Bastos, da Promotoria de Defesa do Consumidor de Porto Alegre, e pelo delegado da Polícia Civil Antônio Ractz.
Fonte/Foto: MPRS