Chimarrão com Inovação vai falar dos 100 anos do CEAFA: “Osório e Maquiné: um século de pesquisa agropecuária”

Encontro online será nesta sexta-feira (19/07), às 10h

Já dizia o historiador Eric Hobsbawn que “a história é o estudo sistemático dos registros do passado humano, que nos permite compreender a evolução das sociedades e culturas ao longo do tempo”. O Chimarrão com Inovação desta sexta-feira (19/07), às 10h, de forma online e ao vivo, vai dar um mergulho na história dos mais de 100 anos do Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa da Agricultura Familiar (CEAFA), hoje em Maquiné, mas que já esteve em outro local. Quem vai contar o surgimento e desenvolvimento do CEAFA ao longo deste período é o pesquisador Rodrigo Favreto, que é engenheiro agrônomo, mestre em Ecologia e doutor em Ciências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

“O evento destacará aspectos relevantes da dinâmica do contexto histórico e do contexto regional”, conta Rodrigo. Ele também vai falar um pouco de como está o Centro nos dias atuais. “Hoje, o Centro desenvolve pesquisas com recursos genéticos, atuando em áreas com cultivos consagrados como o feijão, abacaxi e banana, e cultivos potenciais como a palmeira-juçara e a goiabeira-serrana em sistemas agroflorestais, além de pesquisas em aquicultura”, destaca.

O CEAFA é vinculado ao Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

Avenida Central da Estação Experimental de Osório, em 1942 – Foto: Arquivo/DDPA

Um pouco da história

Lá pelos anos de 1920, a Estação Experimental como era conhecida na época, ficava em Conceição do Arroio, hoje município de Osório. Naquela época, pertencia ao governo federal, passando para a administração do Estado somente em 1929. Atualmente, funciona no local a Escola Estadual de Ensino Médio Ildefonso Simões Lopes. Na década de 1950, a Estação foi transferida para Maquiné.

O objetivo inicial, ainda em Osório, foi o trabalho com cana-de-açúcar. Mas logo nas primeiras décadas passou a trabalhar com uma grande diversidade de cultivos, especialmente com a fruticultura. Uma das culturas que a Estação teve importante atuação foi o cultivo do abacaxi, contribuindo para sua introdução no Rio Grande do Sul.

Além do abacaxi, em Maquiné se trabalhou também com melhoramento genético do feijão, sendo nas décadas de 1960 e 1970 o principal órgão do Estado atuando com pesquisas relacionadas ao feijão, lançando diversas cultivares. Outros trabalhos importantes foram na produção de mudas nativas da Mata Atlântica e nas pesquisas com a palmeira-juçara e com a goiabeira-serrana.