Reunião aborda estratégias para redução do câncer de mama em municípios do Litoral Norte
Foi realizada na quinta-feira (10/10), uma reunião online para tratar sobre os indicadores de câncer de mama em municípios do Litoral Norte, que pertencem à 18ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS). Com a participação de mais de 30 representantes de gestões municipais, o encontro teve como objetivo, encaminhar estratégias de prevenção à doença, realização de diagnósticos precoces e oportunos, além de redução de óbitos. A busca ativa de mulheres entre 50 e 69 anos para a realização do exame de rastreamento foi uma das principais medidas apontadas para o enfrentamento ao câncer de mama.
Na oportunidade, especialistas do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde (DAPPS), da Secretaria Estadual da Saúde (SES) apresentaram dados sobre exames de rastreamento, realizados em mulheres de 50 a 69 anos de idade, assintomáticas e de dois em dois anos. Também foram apresentados os dados das mamografias diagnósticas, que devem ser feitas em qualquer idade desde que as pessoas apresentem sintomas, com critérios e protocolos clínicos. “É preciso chamar a atenção para a importância do tempo oportuno de diagnóstico”, destacou a secretária adjunta da saúde, Ana Costa.
Conheça os tipos de exames de câncer de mama pelo Sistema Único de Saúde
Mamografia diagnóstica: pode ser solicitada pelo SUS em qualquer idade, para mulheres sintomáticas, porém em determinadas faixas etárias não é o método mais indicado. Em especial nas mulheres jovens, é dada preferência à ultrassonografia para investigação inicial, em função da maior densidade mamária e do consequente limite da mamografia para avaliar lesões suspeitas nesse grupo. Pode ser solicitado um exame para cada mama, se necessário, por um profissional médico, via Sistema de Informação do Câncer (Siscan).
Mamografia bilateral de rastreamento: indicada para mulheres de 50 a 69 anos, assintomáticas, a cada dois anos, para identificação de alterações suspeitas de câncer de mama. Inclui-se também nessa recomendação os homens trans e pessoas não-binárias assignadas no feminino ao nascer, que mantêm as suas mamas. O exame é bilateral e pode ser solicitado, via Siscan, por profissionais médicos e enfermeiros.
– O rastreamento de câncer de mama em mulheres com menos de 50 anos só é recomendado para os casos de alto risco, a partir dos seguintes critérios:
Mulheres e homens com mutação ou parentes de 1° grau (materno ou paterno) com mutação comprovada dos genes BRCA 1/2, ou com síndromes genéticas como Li-Fraumeni, Cowden e outras.
Mulheres com história familiar de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com câncer de mama em idade menor de 50 anos; ou familiar de primeiro grau com diagnóstico de câncer de mama bilateral; ou familiar de primeiro grau com de câncer de ovário, em qualquer faixa etária; ou familiar homem com diagnóstico de câncer de mama, independentemente da idade.
Mulheres com história pessoal de câncer de mama invasor ou hiperplasia ductal ou lobular atípica, atipia epitelial plana ou carcinoma ductal in situ.
Mulheres com história de radiação torácica (radioterapia supradiafragmática prévia) antes dos 30 anos.
Para mais informações e dados acesse o Observatório do Câncer – plataforma apresenta cobertura do exame; percentual realizado na população-alvo; percentual realizado com periodicidade bianual.
Foto: Marcelo Bernardes ACS/SES
Fonte: SES RS