Confirmado segundo óbito por chikungunya no Rio Grande do Sul

Confirmado segundo óbito por chikungunya no Rio Grande do Sul

É a segunda morte pela doença registrada na cidade de Carazinho

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) confirmou na terça-feira (22/04), o segundo óbito por chikungunya no Rio Grande do Sul. Trata-se de um residente da cidade de Carazinho, 87 anos, com comorbidade. A cidade já havia registrado, no início de abril, a outra morte pela doença registrada este ano. Essas são as duas primeiras fatalidades por chikungunya no RS em toda série histórica.

Também foi confirmada nesta terça-feira o sexto óbito por dengue no Estado neste ano: um homem de 61 anos, com comorbidades, residente de Alvorada, ocorrida em 7 de abril. As duas doenças são causadas pelo mosquito Aedes aegypti, por isso a Secretaria Estadual da Saúde (SES) reforça à população a importância da eliminação de locais com água parada, onde o inseto se reproduz.

Também é feita a orientação para que as pessoas procurem atendimento médico nos serviços de saúde logo nos primeiros sintomas. Dessa forma, evita-se o agravamento da doença e a possível evolução para óbito.

Chikungunya

O Cevs já havia emitido no último mês alertas epidemiológicos a respeito da confirmação de casos autóctones da doença no Estado: em 21 de março, quando foram confirmados os primeiros casos em Carazinho e em 31 de março, quando também foram identificados casos na cidade de Salvador das Missões.

Até o momento, já foram confirmados 147 casos autóctones de chikungunya no Estado este ano, sendo 137 deles em Carazinho e outros 10 em Salvador das Missões.

Monitoramento Arboviroses no RS – chikungunya

Dengue

O Rio Grande do Sul já registrou neste ano mais de 9,3 mil casos de dengue, dos quais 8.118 são autóctones (contraídos dentre o RS). Nesta mesma época do ano em 2025 (até a 17ª semana) eram mais de 148 mil casos confirmados e 204 óbitos pela doença.

Painel dengue RS

Sintomas

A dengue e a chikungunya são doenças denominadas arboviroses, que se caracterizam por serem causadas por vírus transmitidos por artrópodes (como insetos e aranhas). No Brasil, as duas (além do zika vírus) são transmitidas pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti.

A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada. A maioria dos doentes se recupera, porém, parte deles podem progredir para formas graves. A quase totalidade dos óbitos por dengue é evitável e depende, na maioria das vezes, da assistência prestada e organização da rede de serviços de saúde.

Todo indivíduo que apresentar febre (39°C a 40°C) de início repentino e apresentar pelo menos duas das seguintes manifestações – dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares, náuseas, manchas vermelhas pelo corpo e dor atrás dos olhos – deve procurar imediatamente um serviço de saúde, a fim de obter tratamento oportuno.

A chikungunya possui sintomas semelhantes à dengue. Além da febre de início súbito, é considerado um caso suspeito o indivíduo que também apresentar dor nas articulações (artralgia ou artrite intensa) de início agudo, não explicada por outras condições, residente em (ou que tenha visitado) áreas com transmissão até duas semanas antes de começar os sintomas, ou que tenha vínculo epidemiológico com caso confirmado.

Prevenção

Medidas de prevenção à proliferação e circulação do Aedes aegypti, com a limpeza e revisão das áreas interna e externa das residências ou apartamentos e eliminação dos objetos com água parada, são ações que impedem o mosquito de nascer, cortando o ciclo de vida na fase aquática. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual.

As principais medidas para eliminar a formação de criadouros do mosquito são:

– Manter as caixas-d’água bem vedadas e com tela

– Lavar com água e escova, esponja ou bucha, e manter tonéis, galões ou depósitos de água bem fechados

– Evitar utilizar pratos nas plantas ou, se desejar mantê-los, colocar areia até a borda dos pratos de plantas ou xaxins

– Limpar e remover folhas das calhas, deixando-as sempre limpas

– Retirar água acumulada das lajes

– Desentupir ralos e mantê-los fechados ou com telas

– Colocar areia ou massa em cacos de vidro de muros

– Lavar plantas que acumulam água, como as bromélias, duas vezes por semana

– Preencher com serragem, cimento ou areia, ocos das árvores e bambus

– Tratar a água da piscina com cloro e limpá-la uma vez por semana

– Retirar a água da bandeja externa da geladeira e lavar com escova, esponja ou bucha

– Lavar bem o suporte para garrafões de água mineral a cada troca

– Lavar vasilhas de animais com esponja ou bucha, sabão e água corrente uma vez por semana

– Manter aquários para peixes limpos e tampados ou telados

– Manter vasos sanitários limpos e deixar as tampas bem fechadas

– Guardar garrafas vazias e baldes de cabeça para baixo

– Jogar no lixo objetos que possam acumular água, como latas, tampas de garrafa, casca de ovo, copos descartáveis

– Manter a lixeira sempre bem tampada e os sacos plásticos bem fechados

– Fazer furos na parte inferior de lixeiras externas

– Descartar ou encaminhar para reciclagem os pneus velhos ou furá-los e guardá-los secos e em locais cobertos

– Em reservatórios de água abertos que não podem ser vedados, como cisternas e poços artesianos, recomenda-se cobrir com telas de malha fina

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